Costelão Colorado em Bento no dia 08 de dezembro
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8 dias atrás
O curto período de 15 dias no comando do Esportivo no Gauchão de 2021 foi determinante para o retorno do técnico Rogério Zimmermann, apresentado oficialmente nesta quarta-feira (12), no Estádio Montanha dos Vinhedos. Boas condições de trabalho, estrutura e a “margem de crescimento significativa” foram alguns dos fatores que surpreendeu o treinador em sua primeira passagem pelo alviazul e que se tornaram motivos que o atraíram de volta ao clube.
Após sete anos, o Esportivo voltará a ter um calendário que abrange o ano todo, com a disputa inédita da Série D do Campeonato Brasileiro. E, para comandar o clube, a direção apostou em Rogério Zimmermann, que não titubeou em aceitar o convite para retornar ao Esportivo. “Boas condições de trabalho, uma diretoria que está engajada, um clube que tem uma margem de crescimento muito grande: todo treinador, no meu caso, gosta de trabalhar nesse tipo de ambiente”, destaca o técnico.
Zimmermann exaltou, sobretudo, a participação do Esportivo em uma competição de âmbito nacional, porém citou os inúmeros desafios que terá à frente do clube por conta das adversidades. Sem uma base de time, um escasso período de “intertemporada” e as limitações financeiras impostas pela direção, o trabalho e a importância de o clube ser assertivo nas contratações terão que se sobressair.
“Não existe uma base que tenha jogado o estadual e que tenha permanecido. Esse é um ponto que não está a nosso favor. Não existe muito tempo, pois teríamos que estar treinando e com o grupo formado, pois falta menos de um mês para competição e observamos nossos adversários treinando, e não temos um grande aporte financeiro. Mesmo assim pela organização do clube, pela comissão técnica que trouxe e com muito trabalho vamos tentar reverter esse processo”, ressalta.
De acordo com Zimmermann, o Esportivo fez a escolha certa em confirmar presença na Série D, visto que, segundo a opinião do treinador, as competições estaduais estão perdendo cada vez mais visibilidade e espaço. Além disso, ponderou a importância de disputar o campeonato em alusão aos que conquistaram a vaga em 2020, com o título do Interior. “Vamos disputar a competição, pois direção, comissão técnica e atletas anteriores a nossa vinda ganharam dentro de campo a condição de jogar a Copa do Brasil e a Série D. Isso tem que ser ressaltado”, comenta.
“É um clube que tem como fazer uma projeção por mais de uma temporada”, ressalta Zimmermann
Assim como no Brasil de Pelotas, onde o técnico conseguiu levar o clube Xavante da Divisão de Acesso até a Série B do Campeonato Brasileiro em um período de três anos, o comandante alviazul afirma que no Esportivo também é possível realizar uma projeção a longo prazo.
Segundo o treinador, o clube deve calcular os seus objetivos a longo prazo. “É um clube que tem como fazer uma projeção por mais de uma temporada, pela estrutura que oferece, pelas ideias. A ideia é sim fazer um trabalho a longo prazo, independente dos nomes. Calcular a longo prazo: onde o Esportivo que estar daqui dois anos, ou cinco anos. Não vejo nenhum clube acertar se não pensar a longo prazo”, opina.
Elenco menor em relação ao que disputou o Gauchão
Para o campeonato nacional, o Esportivo terá um grupo significativamente curto, o que, para o comandante alviazul, não será problema. “Gosto de trabalhar com um grupo menor, um grupo pequeno, ou seja, dois jogadores por posição e mais três goleiros, vamos supor. Desta forma você desenvolve melhor o jogador. Quem está no vestiário treinando precisa ter a ambição que ele possa ser convocado. Ele tem que jogar. Depende muito também se você consegue contratar jogadores que atuem em mais de uma posição. Você aumenta o número de opções sem aumentar o número de atletas”, ressalta.
O aproveitamento de atletas da base, no entanto, será menor em relação ao Campeonato Gaúcho. De acordo com Zimmermann, os atletas que compõem a categoria sub-19 necessitam de uma maior evolução para posteriormente atuar em uma Série D de Brasileirão. “Não é porque fez a categoria sub-19 que já tem jogadores aptos a jogar no profissional na Série D. Isso eu não sei, vai depender dos jogadores, mas para mim categoria de base é um processo mais demorado. É preciso um pouco de calma. Mas a base vai ser aproveitada, não só em treinamentos”, comenta.