Ypiranga vence São José e larga em vantagem na decisão da Copa FGF - Troféu Zagallo
-
12 dias atrás
A boa recepção da notícia do retorno de Luiz Carlos Winck para o Esportivo por parte do torcedor alviazul é uma evidência do tamanho da identidade construída pelo treinador em sua primeira passagem no clube. Campeão da Divisão de Acesso de 2012 pela equipe de Bento Gonçalves, o técnico está de volta à Montanha dos Vinhedos para encarar um grande desafio: comandar o Esportivo na temporada em que retorna a disputar competições nacionais após 14 anos.
A primeira passagem de Winck no Esportivo:
Winck chegou ao Esportivo em 2012 com a missão de reerguer o clube depois de uma temporada melancólica. Com um elenco experiente, o Esportivo iniciou a campanha na Divisão de Acesso com altos e baixos, mas que logo foi se tornando protagonista na competição. Em 2012, todas as etapas foram disputadas em formato de pontos corridos, com exceção da final.
Na primeira fase, o Esportivo liderou a chave com 10 vitórias, 4 empates e 4 derrotas. Na segunda fase, sem nenhuma derrota sofrida, o alviazul novamente finalizou na ponta da tabela, se classificando para o quadrangular final. Na fase decisiva para a definição do acesso, o Esportivo garantiu vaga à elite do futebol gaúcho após vencer o Guarany de Camaquã fora de casa pelo placar de 2 a 0, com gols de Rafael Bittencourt, de falta, e Zeferino. O resultado fez com que o torcedor alviazul preparasse uma recepção calorosa na Pipa Pórtico para comemorar o retorno à primeira divisão.
Na final, o Esportivo superou o Passo Fundo e ficou com o título da Divisão de Acesso, o terceiro conquistado pelo alviazul. A campanha protagonizada pelos comandados de Winck contou com 20 vitórias, 10 empates e somente seis derrotas, finalizando o campeonato com 65% de aproveitamento, com o melhor ataque e a melhor defesa da competição.
Nesta primeira temporada, o treinador construiu a base para uma relação de afeto e carinho com o torcedor e, sobretudo, criou uma identidade com o clube, como avalia Winck: “Nós formamos em pouco tempo uma família dentro do Esportivo, e quando falo família é no sentido de unidade. Tivemos alguns problemas? Sim, com certeza, mas é normal, faz parte. E nós conseguimos consolidar esse trabalho jogo a jogo, tendo a melhor campanha, com o melhor ataque e a melhor defesa. Conseguimos o acesso e o título, e realmente houve um sentimento recíproco, eu, o Esportivo, o torcedor, direção e a comunidade de Bento”, ressalta.
No ano seguinte, Winck foi mantido no cargo para comandar o clube no retorno à elite. Na primeira fase – Taça Piratini -, o Esportivo chegou até a semifinal, somando quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas. Na Taça Farroupilha, o clube conquistou duas vitórias, um empate e sofreu quatro derrotas. A pontuação na classificação geral o manteve na primeira divisão, com a sétima melhor campanha do Gauchão e com 41% de aproveitamento.
Somando Divisão de Acesso de 2012 e Gauchão de 2013, Winck comandou o Esportivo em 53 jogos, somando 26 vitórias, 13 empates e 14 derrotas, com 57% de aproveitamento. Com o total de confrontos amistosos e oficiais, Winck é o 9º treinador que mais esteve à frente no comando da equipe alviazul.
De acordo com o treinador, o bom trabalho desempenhado em sua primeira oportunidade no Clube Esportivo deixou as portas abertas para que, neste momento, pudesse retornar a pisar no Estádio Montanha dos Vinhedos como comandante técnico do clube. “Sempre falo: toda vez que chegarmos em um lugar, vamos encontrá-lo de uma forma e tentar melhorar e deixar sempre as portas abertas. Foi o que aconteceu. Se estamos voltando é porque fizemos um bom trabalho, deixamos as portas abertas, e temos a confiança daqueles que estão hoje dirigindo o clube, dos conselheiros e da torcida”, pondera.