Após uma série de dificuldades quanto à aprovação de projetos junto à Lei de Incentivo ao Esporte, o Bento Vôlei, aos poucos, reconstruindo as suas categorias de base. Com o Projeto Social do clube, com dez núcleos espalhados pelo município, o Bento Vôlei conseguiu sustentar suas forças para dar sequência às atividades na base, retornando a disputar competições estaduais neste segundo semestre de 2018. 

Nos últimos anos, o projeto social tem cada vez mais demonstrado sua importância, não apenas no seu âmbito social, com vôlei gratuito para crianças em seu contraturno escolar, mas principalmente em sua força de criar um forte vínculo entre as crianças e o voleibol. A criação desse envolvimento com o esporte teve como consequência significativa o ingresso de diversas crianças à base do clube.

Atualmente, após um breve período sem atividades por conta de entraves burocráticos quanto à aprovação de projetos, a base do Bento Vôlei conta com 81 atletas, destes, 37 oriundos dos núcleos sociais do projeto, número que equivale a 45,7% do total de alunos das categorias inferiores do clube. Grande parte desses atletas que hoje fazem parte da base do clube e que frequentaram os núcleos vivenciaram de perto a disputa do Bento Vôlei na Superliga Nacional, sendo um grande incentivador para os jovens seguirem voleibol competitivo. 

A coordenadora do projeto social do Bento Vôlei, Tati Alvez, afirma que o trabalho desenvolvido pelo clube de investimento social a longo prazo, visando a inclusão e a revelação de talentos no voleibol, está resultando em bons frutos. "Vejo, enquanto assistente social, que a prática do esporte através das oficinas de vôlei do projeto social seja uma importante ferramenta não só de inclusão, mas principalmente de transformação social para muitas crianças e adolescentes do nosso município, vindo a contribuir de forma positiva para a formação destes, seja enquanto atleta profissional ou em outras áreas profissionais", ressalta a coordenadora. 

Grande parte do significativo número de crianças que iniciaram nos núcleos e que hoje se juntaram à base teve contato, de alguma forma, com a equipe profissional do Bento Vôlei, quando a equipe disputava a Superliga. "A partir do momento em que o Bento Vôlei esteve participando dos jogos da Superliga A e B, tivemos um divisor de águas, pois a participação destas crianças e adolescentes foram além das oficinas, elas puderam vivenciar de fato, a realidade de um atleta profissional de vôlei. Muitos perceberam que ser um atleta profissional de vôlei é um sonho possível sim de ser concretizado", explica Tati Alvez.

Apesar do departamento profissional estar fechado, os núcleos continuam a plantar sementes para que, futuramente, desenvolvendo a paixão das crianças pelo voleibol, possam formar novos talentos para o Bento Vôlei e para o esporte nacional. "Atualmente a base está composta na sua maioria por atletas que migraram dos núcleos sociais, demonstrando, desta forma, o resultado e a importância de um trabalho sério e comprometido dos profissionais que atuam diretamente com estas crianças e adolescentes na fase de iniciação junto aos núcleos sociais", afirma a coordenadora.