Tudo que tende a ser esquecido obrigatoriamente, algo deve ser levado como experiência. No ano de 2015, a briga pelo acesso acabou virando a briga contra o rebaixamento, uma campanha cheio de altos e baixos. Porém, o que salvou o ano do Alviazul neste ano foi o sucesso incomparável das categorias de base do clube, as quais tiveram muitos frutos colhidos. Um ano decepcionante no profissional, mas muito comemorado pelas categorias de base. 

O principal aspecto que demarcou os rumos do Esportivo na Divisão de Acesso foi o campeão do mundo Valdir Espinosa, o qual chegou no clube com a sede de trazer o Esportivo de volta a elite do futebol gaúcho. Quando chegou, Valdir Espinosa ficou encarregado de ser o diretor técnico do clube, encarregado tanto do profissional como das categorias de base. Sua primeira ação no clube foi trocar o técnico Julio Cesar Nunes, o qual fez uma grande campanha no segundo semestre de 2014 comandando o Esportivo, pelo técnico Rodrigo Carpegiani. Com uma limitação bastante rigorosa em termos de folha salarial, o elenco formado não possuiu grandes jogadores, mas era um plantel competitivo para a competição. Outra ação que Valdir tomou no começo dos trabalhos como o grupo de jogadores foi realizar treinamentos no velho Estádio da Montanha. 

Entretanto, as expectativas com a vinda de Valdir decaíram gradativamente ao longo da competição. No começo, a equipe não teve bons resultados, e Rodrigo Carpegiani, junto com Valdir Espinosa, acabaram se desligando do Esportivo. Carpegiani deixou o clube com apenas 6 jogos no comando, com 3 empates, 3 derrotas e nenhuma vitória. A direção tratou de escolher um técnico experiente para assumir o lugar de Carpegiani. Para o restante da competição, Ben Hur Pereira ficou encarregado de colocar o Esportivo entre os quatro classificados de seu grupo. A sua vinda gerou impacto ainda no primeiro jogo com ele no comando, conseguindo a primeira vitória do Esportivo na competição após derrotar o Santo Ângelo em casa por 1 a 0, com gol de Kelvin, atleta destaque do Alviazul oriundo das categorias de base do clube. As vitórias começaram a aparecer, porém, não foram suficientes para levar o Esportivo para a próxima fase da competição, mas foram essenciais para que o Esportivo não fosse rebaixado para a terceirona gaúcha. 

Mesmo que pareça tudo em contra mão, o Esportivo deu um passo significativo em 2015 a respeito das categorias de base. O que resume o sucesso impressionante das categorias inferiores foi a promoção de Kelvin para o profissional, jogador o qual foi um dos artilheiros do Esportivo na Divisão de Acesso e o destaque do clube na competição. Além disso, o jovem atleta assinou contrato profissional com o clube, antes de rumar para a equipe do Grêmio. Não apenas ele mas tantos outros, nas mãos do trabalho de Gilson Rigo, coordenador das categorias de base do clube, e a comissão técnica composta por Cristiano Fronza, Fábio Tuchê e Leonardo Casagrande colheram muitos frutos, fazendo jus ao título de clube formador. 

Agora com a troca da diretoria executiva, espera-se que ano que vem o Esportivo possa brigar pelo acesso à elite do futebol gaúcho bem como continuar com os trabalhos nas categorias de base, as quais vêm proporcionando resultados muito satisfatórios. As expectativas correm em cima do que o clube poderá fazer na Divisão de Acesso, só assim terá a aprovação e a volta do torcedor ao estádio, o qual não vimos em grande número nas arquibancadas do Estádio da Montanha dos Vinhedos. Porém, agora com a nova direção, o mais importante a se fazer é resgatar o Esportivo das profundezas e aproximar cada vez mais o clube com a comunidade. Apenas com a união de todos é que o Esportivo poderá sair de onde está agora.