A FML Esportes, meio de comunicação exclusivamente voltado ao esporte de Bento Gonçalves e região, apresenta as propostas dos candidatos à prefeitura de Bento Gonçalves a respeito do esporte e lazer do município. Realizamos um questionário com cinco questões para os candidatos responderem livremente e apresentarem as suas propostas com base em cinco quesitos abordados nas perguntas formuladas: Projetos Sociais, Competições amadoras, esporte de alto-rendimento, eventos esportivos e infraestrutura. 

A coligação Um Novo Tempo para Bento composta pelo candidato César Gabardo e o vice Alcindo Gabrielli apresenta as suas propostas do esporte e lazer para a cidade de Bento Gonçalves:

FML: Os Projetos Sociais são de suma importância para o crescimento de milhares de crianças e adolescentes. Acima de tudo, buscam através do esporte a transformação da sociedade. Com base em suas propostas, de que forma esses programas que utilizam o meio esportivo podem crescer e se espalhar ainda mais pela cidade de Bento Gonçalves?

César Gabardo: Os projetos sociais formam atletas, mas, sobretudo, cidadãos. Por isso, vamos ampliar a ocupação de crianças e adolescentes no contraturno escolar, estimulando e apoiando as entidades que já existem em nossa cidade. O nosso diferencial, no esporte, é a diversidade de modalidades e de pessoas abnegadas que as sustentam, e essa variedade é um trunfo para captarmos os jovens. Se não gosta de futebol, pode jogar vôlei, rugby, praticar judô, tênis de mesa, entre tantos outros esportes. Para tornar estas atividades acessíveis a todos no contraturno, não precisamos criar novos projetos, basta dar suporte aos atuais, mantidos por associações e entidades independentes, para que sejam abrangentes e receptivos a jovens de todas as classes sociais. 

 FML: Vemos atualmente competições amadoras fragilizadas na cidade, mas que são outras formas de entretenimento e lazer e de incluir jovens ao esporte. Quais serão as suas propostas para manter o amador de Bento Gonçalves e o que fazer para que essas competições conquistem uma maior amplitude na cidade?

César Gabardo: As competições amadoras são uma importante forma de integração dos nossos cidadãos, não apenas da cidade, como do interior. Há muitos campos subutilizados nos distritos, assim como muitas equipes organizadas, mas que precisam de estímulo para a prática do esporte. No governo do Alcindo Gabrielli, a antiga Copa Nostra Itália era uma grande confraternização do interior nos finais de semana, e queremos devolver este lazer às pessoas que residem nos distritos. A nós, enquanto governo, basta reconhecer. O mesmo vale para os bairros, que se envolviam com competições como o Citadino, de campo e de futsal, também desvalorizado. Temos, em Bento, um potencial enorme para a união das pessoas em torno do esporte, mas o município precisa e deve fazer a sua parte para que essa potencialidade seja explorada. 

 FML: O incentivo ao esporte de alto rendimento como política pública traz influências recíprocas entre a cidade e o esporte. Porém, para obter uma aproximação entre a sociedade e as entidades esportivas, profissionais ou não, é necessário fomentar essas instituições, como forma de incentivo ao esporte e ao lazer. Em Bento Gonçalves, várias entidades atendem o público bento-gonçalvense como é o caso do vôlei, rúgbi, futebol, futsal, dentre outros tantos esportes. O que fazer para dar continuação a essa valorização do esporte com base no incentivo dessas entidades e como ampliá-lo?

César Gabardo: O governo não deve ser assistencialista, mas nossos atletas e equipes não podem deixar de representar a cidade em importantes competições por falta de apoio do município. Vamos estimulá-los, com a contrapartida de que nos ajudem a difundir a prática esportiva entre os mais jovens, seja com oficinas e palestras nas escolas, no caso dos atletas; ou com a inclusão de jovens de baixa renda nas escolinhas, no caso das equipes. Os nossos talentos não podem ser estrelas cadentes, mas sim referências para descoberta e valorização de outros futuros campeões.  

FML: Eventos esportivos na cidade são meios de lazer como também, formas de incentivo ao esporte. Qual a importância desses eventos e como incentivar ainda mais esse tipo de atividade na cidade com o objetivo de fomentar o esporte e aproximar a sociedade com as práticas esportivas?

César Gabardo: A captação de eventos também é consequência do apoio que dermos às nossas entidades. Tivemos, por exemplo, jogos da seleção brasileira de rugby, que foram possíveis em função do crescimento do Farrapos, mantido por abnegados atletas que amam o esporte amador. O mesmo vale para outras modalidades. Quanto mais incentivarmos o desenvolvimento, mais elas levarão o nome da cidade para outros estados e países, e por consequência, mais reconhecimento Bento Gonçalves terá como polo esportivo. Vamos trabalhar para uma programação sólida de eventos esportivos, mas a fonte da captação de eventos será, sempre, o apoio às nossas entidades. 

FML: Durante os últimos anos, observamos uma ampliação no quesito infraestrutura para práticas esportivas, como é o caso de academias ao ar livre e estruturas de alto rendimento como no Estádio da Montanha. Entretanto, vemos outras obras que carecem de infraestrutura e de apoio. Quais são as suas propostas com base na infraestrutura referindo-se ao esporte? 

César Gabardo: Hoje, temos uma das principais equipes do futsal gaúcho, o Bento Gonçalves Futsal, no entanto, o time treina e joga em uma quadra de dimensões reduzidas, sem os padrões oficiais, e esse é um dos principais exemplos da estagnação da infraestrutura esportiva em nossa cidade. Além disso, o Ginásio Municipal ficou pequeno para duas equipes de alto rendimento. Volto a dizer: o município não pode ser assistencialista, mas também não deve ser obstáculo ao desenvolvimento de nossos clubes e atletas. Outro exemplo é o antigo estádio da Montanha, um importante patrimônio de Bento Gonçalves, que hoje sofre com a falta de manutenção. Através de Parceria-Público-Privada, vamos transformá-lo em um local à altura das nossas equipes de rugby e futebol americano, além de otimizá-lo também como um espaço comercial, de forma que seja autossustentável.