Costelão Colorado em Bento no dia 08 de dezembro
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8 dias atrás
A pandemia afetou as receitas e praticamente estagnou a entrada de recursos da Sociedade Educativa, Cultural e Poliesportiva Bento Gonçalves, o Bento Vôlei. Devido à paralisação, o clube está enfrentando dificuldades para manter as contas em dia. Diante deste cenário preocupante, a direção, liderada pelo presidente Romildo Rizzi, está trabalhando na busca por recursos para manter a estrutura mínima funcionando, visando impedir o fechamento da entidade.
Em 2020, o Bento Vôlei iniciaria as atividades nas categorias de base com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte, baseada na captação do percentual do Imposto de Renda de empresas, e com as mensalidades dos atletas. No entanto, por conta da pandemia do novo coronavírus, a entrada destes recursos ficou comprometida. “Com a paralização das atividades, tudo está parado, inclusive a entrada de recursos. Também tínhamos alinhado outras fontes que, com a crise, sinalizaram que este ano será difícil ajudar o clube”, explica o presidente.
Por conta disso, a direção se viu obrigada a dispensar um dos treinadores, o qual havia chegado neste ano para fazer parte da comissão técnica do clube. Os demais técnicos, Carlão Mantovanelli e Fernando Rabelo, e o supervisor Mauricy Jacobs permaneceram no quadro de profissionais do Bento Vôlei.
De acordo com Romildo Rizzi, a direção havia alinhada a entrada de recursos para manter a estrutura administrativa e custos fixos em dia. “Estamos buscando outras formas de suprir isso. Estamos tentando buscar recursos para manter a estrutura mínima funcionando para não fechar o clube. É um momento bem delicado”, ressalta Romildo.
O Bento Vôlei já contava com o projeto de alto rendimento pela Lei de Incentivo ao Esporte de 2021 aberto para a captação. O presidente afirma que, no entanto, não há condições para mantê-lo no atual cenário. “Certamente teremos que pedir prorrogação, pois será um ano de baixo lucro nas empresas”, comenta.
Retorno às atividades segue indefinido
O município de Bento Gonçalves abriu uma exceção para que clubes profissionais pudessem voltar às atividades, contanto que tenham um departamento médico para atestar os atletas. No entanto, o Bento Vôlei ainda não tem expectativas de retorno dos treinamentos no clube e opta pela cautela.
Para o presidente do clube, mesmo que não haja contato físico, os riscos de contaminação ainda são eminentes por outras formas. “Entendemos que isso deva demorar já que no vôlei, mesmo não tendo o contato físico, tem o elemento bola, que passa por todos os atletas, podendo ser o transmissor do vírus. Portanto teremos que ter muito cuidado, talvez voltar com número menor, sem competição. Enfim, tudo está muito vago para podermos tomar decisões”, explica Romildo.
Neste ano, o Bento Vôlei contaria com a mensalidade dos atletas para custear algumas das despesas nas categorias de base do clube. No entanto, a cobrança, que é efetuada pela comissão de pais, ainda não havia sido iniciada. “Em março estávamos ainda montando as turmas e captando crianças e adolescentes para participar do projeto. A ideia era começar a cobrar as mensalidades no final de março, quando as turmas estariam mais o menos definidas”, explica o coordenador da base do Bento Vôlei, Mauricy Jacobs.
Segundo Mauricy, há uma possibilidade de o Bento Vôlei retomar os treinamentos junto com as escolas, quando recomeçarem as aulas. Enquanto isso, os atletas, para se manterem engajados com o voleibol, contam atividades em casa. “Não na parte física, mas na parte motivacional. Algumas tarefas relativas a vídeos, a escrever, alguns questionários para manter uma pequena mobilização para que os atletas não percam o foco do voleibol”, conta o coordenador.