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"Hermanos" fazendo a diferença no Farrapos

Tanto na comissão técnica como jogadores estão fazendo a diferença na equipe do Farrapos, fornecendo acima de tudo, experiência ao grupo

  1. Publicado em 23/09/2015
"Hermanos" fazendo a diferença no Farrapos Fotos: Fabiano Martins/Buda

A equipe do Farrapos não se encontra em uma posição confortável na tabela de classificação do Super 8, mesmo assim, não tira o mérito do trabalho que vem sendo realizado pela equipe durante o ano, principalmente devido a mãos estrangeiras. Além dos brasileiros que vem se destacando na equipe, evoluindo cada vez mais dentro de campo, a ajuda dos "hermanos" estão fazendo a diferença, tanto no ensinamento quanto na ação. 

Dentro de campo, a equipe conta com três atletas estrangeiros, Téo e Javier, ambos argentinos, e Charlie, uruguaio. Dentre eles, Javier está sendo um dos principais destaques da equipe e da competição nacional, tendo atuações muito boas e muitas vezes, decisivas na equipe de Bento. Atualmente, o jogador ocupa a sexta posição do ranking do Troféu Outback, ficando entre os 10 melhores da competição, junto com Sargento, o qual está na nona posição e também é atleta do Farrapos. O seu desempenho na competição foi demonstrado principalmente nas quatro vitórias seguidas da equipe no Super 8, tendo Javier como principal destaque, sendo por muitas vezes, fundamental para a conquista de vitórias. 

Javier

 

Na comissão técnica, dois ex-atletas profissionais comandam a equipe do Farrapos. Carlos Andrés Baldassari foi o primeiro a chegar na equipe do Farrapos, mudando totalmente a história do clube. Normalmente chamado pelo apelido Carlitos, começou a sua carreira como jogador de rugby no Salto Rugby Club, com 6 anos de idade, onde jogou até os 18. Após esse período, o atleta se mudou para Montevidéu, onde começou a se tornar destaque no país, sendo chamado para a seleção Uruguaia. Carlitos jogou a Copa do Mundo de Rugby em 2003, atuando dentro de campo em duas ocasiões. Depois de terminar a sua carreira como jogador, ele se tornou treinador, chegando em Bento Gonçalves em julho de 2009. A sua chegada foi essencial para que o clube evoluísse como um todo. Com o uruguaio no comando, a equipe ganhou vários títulos gaúchos, além da Copa do Brasil. Dentre seus principais números comandando a equipe do Farrapos, a equipe de Bento não perdeu nenhuma partida no Campeonato Gaúcho de Rugby, sendo campeão invicto em seis ocasiões, desde 2010, todas de forma invicta. 

Carlitos Baldassari

 

Mario Efrain Olivas Stasera (foto abaixo), mais conhecido simplesmente como Colo, chegou no Farrapos no ano passado, para ser o treinador de Forwards. Em sua carreira, já passou por clubes na Espanha e na Itália, jogando no rugby profissional, além de atuar também na equipe de Córdova sua cidade natal. O argentino possui uma vasta experiência acerca do esporte, passando seus ensinamentos para os atletas, para evoluir a equipe dentro de campo. Mesmo ainda sendo um esporte amador no Brasil, Colo prevê um futuro promissor: "Brasil tem um grande potencial no esporte e possui muitos atletas de grande qualidade" e ressalta a diferença do rugby brasileiro para com os demais países:" O Rugby no Brasil é muito novo, tendo pessoas aqui que começaram a jogar a 5 anos, e o próprio Farrapos possui apenas 7 anos de história. O rugby na Argentina tem mais de cem anos de história, então essa é a principal diferença e por causa disso, temos pensamentos diferentes sobre o rugby. Por exemplo, quando a gente faz um try, a gente festeja como se fosse um gol no futebol, mas não é assim, é cultura." 

Tentando se adaptar ao máximo morando no novo país, Colo conta que pratica o seu português através da leitura e de aulas particulares: "Eu estudo português com uma professora particular, e leio livros para melhorar o meu português. Desde a primeira vez, os atletas entenderam mesmo falando espanhol, mas agora o diálogo é melhor".comenta o treinador do Farrapos. 

Colo comenta que gostou muito de estar num mundo novo: "Eu gostei muito da idéia de vir para o Brasil para ensinar e aprender. Além de ser ex-jogador, também sou professor de educação física e então gosto disso tudo, da oportunidade de transmitir conhecimento.E depois esse Brasil não é o Brasil que a gente conhece na Argentina porque o Brasil que a gente conhece é a praia, muito calor,onde tem caipirinha, garotas, samba... Aqui é muito diferente, um Brasil que verdadeiramente gostei muito, e estou muito contente por estar aqui." ressalta Colo com bom humor. 

 

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