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Esportivo sub-17: Márcio Ebert avalia a sua equipe na competição estadual

Alviazul foi eliminado do campeonato no último sábado, ao ser derrotado pelo Ivoti pelo placar de 1 a 0

  1. Publicado em 24/08/2016
Esportivo sub-17: Márcio Ebert avalia a sua equipe na competição estadual Foto: Kévin Sganzerla

Mesmo com a eliminação no Campeonato Gaúcho Juvenil A, os resultados obtidos dentro de campo superaram as expectativas tanto da direção como da comissão técnica. Com 12 pontos conquistados, a equipe superou os números de campanhas anteriores, chegando à última rodada com grandes chances de classificação. 

Apesar de um início conturbado e preocupante, começando a competição com um jejum de seis jogos sem vitórias no estadual, a equipe comandada por Márcio Ebert começou a se encaixar a partir da primeira vitória, realizando grandes atuações, inclusive contra equipes de nível bastante elevado como é o caso da dupla Grenal e do Juventude. Mesmo terminando na penúltima colocação, a posição na tabela não coincidiu com a campanha feita pela equipe no campeonato. 

Márcio Ebert e Cristiano Fronza (Sucessor de Marcelo Nunes na preparação física)/Foto: Kévin Sganzerla

Desclassificado da competição, o Alviazul, bem como todos os eliminados da fase classificatória poderão fazer parte da segunda fase do Campeonato Gaúcho Juvenil B. Para dar continuidade ao trabalho de formação de atletas, os jogadores, bem como a comissão técnica, formada por Márcio Ebert, Cristiano Fronza e Leonardo Casagrande, esperam que a direção opte por participar da competição para que o projeto ganhe sequência até o final do ano, com o objetivo de colher novos frutos para futuros negócios.

Em entrevista para a FML Esportes, o treinador Márcio Ebert falou sobre a sua avaliação de sua equipe na competição e comentou sobre a importância da formação de atletas no clube e como isso vem sendo desempenhado pelo departamento das categorias de base do Esportivo ao longo do ano. Confira: 

FML: Depois da derrota para o Ivoti, a qual decretou a eliminação do Esportivo, por onde passou a desclassificação da equipe na competição? 

Márcio: A nossa desclassificação passou por conta do início da competição. Sabíamos que seria um início difícil quando nós aceitamos fazer essa reestruturação, não tanto pela parte de material humano mas pela própria reestruturtação dos departamentos. Não pudemos investir tanto e tivemos que trabalhar com um grupo praticamente da cidade e isso determinou para formar um grupo que, embora aguerrido, não tinha uma qualidade tão elevada em relação as equipes que participam da competição. No começo, nós com uma nova metodologia, aplicando novos conceitos dentro de campo, já se habituando com uma concepção inovadora seguindo a tendência do futebol moderno, pegamos atletas que não estavam acostumados a essa metodologia, demandando um determinado tempo e foi esse tempo de seis jogos sem vitórias que acabou comprometendo a campanha.

FML: Qual é a sua avaliação de seu grupo de atletas na competição?

Márcio: Desde o começo sempre fizemos embates de de um nível igual e muitas vezes superior aos adversários. Todos os jogos foram de um nível parelho, inclusive contra equipes grandes como o Juventude, o Grêmio e o Internacional. Ficamos muito alegres por conta da parte do entendimento dos jogadores e de pegar um plantel desse nível e chegar a fazer embates contra equipes estruturadas e de um nível amplamente superior.

FML: O que se pôde tirar de proveito e de experiência dessa competição?

Márcio: Não digo nem tanto pela experiência, mas o que fica de coisas boas é o entendimento do modelo de jogo e a assimilação dos conceitos e da metodologia. O modelo de jogo é extraordinário, ele miniminiza as dificuldades da equipe e potencializa as individualidades, um time bem organziado dentro de campo faz milagres. Então é isso que retiramos como evolução dentro de um trabalho de formação, colocamos o resultado de lado, até porque a pontuação que a gente alcançou foi até maior do que esperávamos, embora o nosso objetivo traçado no começo era a classificação, mas o que tiramos de proveito é justamente o entendimento e a evolução dos atletas.

Foto: Kévin Sganzerla

FML: O que necessita melhorar e o que precisa continuar no trabalho desenvolvido pelo clube a respeito das categorias de base? 

Márcio: Hoje existe dois tipos de fazer categoria de base, a primeira é de captação, pegando jogadores de fora e trazendo para o clube, oferecendo um resultado mais imediato, e a outra, que é o nosso caso, se dá com base na formação, o que demanda um vasto período de tempo. O Esportivo deve continuar nessa linha do projeto que foi estipulado de trabalhar desde as categorias inferiores e continuar o trabalho na categoria sub-17 porque é necessário um final para absorver esses meninos e colocá-los em um patamar maior. Formando esses atletas, teremos a perspectiva de negociar jogadores para obter lucro. Atualmente, três jogadores do plantel vão se apresentar para um período de avaliação no Internacional, e outras equipes também estão observando nossos atletas como é o caso do Grêmio e do Juventude. Isso nos dá uma garantia que estamos trilhando o caminho certo para a formação desses atletas. 

FML: O Clube Esportivo tem o desejo de participar do Estadual Juvenil B nesse segundo semestre?

Márcio: Ontem, em reunião com a direção e com o vice-presidente do departamento Rogério Capoani, foi repassado toda uma reestruturação para o segundo semestre. Tivemos dispensas de meninos no intuito de diminuir os gastos para que, em contra partida, possamos participar da competição. Acho muito importante dar continuidade ao trabalho e ao projeto para não ter lacunas. Embora não se tenha uma confirmação ainda, saímos felizes da reunião e esperançosos para continuar o projeto e, caso disputarmos a competição, fazer o possível para realizar um bom campeonato no Estadual B. 

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