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Do BGF ao futsal italiano: Bento-gonçalvense relata sua experiência atuando na Itália

Atleta está atualmente no Futsal Ossi, da segunda divisão italiana, e é o artilheiro da equipe na competição

  1. Publicado em 08/01/2018
Do BGF ao futsal italiano: Bento-gonçalvense relata sua experiência atuando na Itália Foto: Futsal Ossi

O atleta bento-gonçalvense William Foppa, o qual fez parte do Bento Gonçalves Futsal (BGF) de 2011 a 2015, está vivenciando uma experiência totalmente diferente atuando hoje no país de seus ancestrais. Artilheiro da equipe do Futsal Ossi da Itália, o atleta, de 24 anos, que iniciou na base da ACBF, não pensou duas vezes após receber o convite de fazer cidadania italiana para viver do futsal no continente europeu. 

Foppa integrou o elenco do BGF no auge da equipe bento-gonçalvense no futsal gaúcho, sendo um dos destaques da equipe na época. No BGF, o atleta teve a sua primeira oportunidade de fazer parte de uma equipe adulta. Além disso, Foppa também atuou nas competições amadoras de Bento Gonçalves. Ao receber o convite do ex-técnico da equipe sub-17 da ACBF em fazer cidadania italiana e atuar na Itália, Foppa imediatamente demonstrou interesse, deixando o BGF no meio da temporada de 2015.

Hoje, atuando na segunda divisão do futsal italiano, defendendo o Futsal Ossi, da cidade de Sássari, na Sardenha, ilha localizada no Mar Mediterrâneo, região autônoma da Itália Meridional, Foppa é artilheiro da equipe na competição. O Futsal Ossi ocupa a 9ª colocação com 11 pontos somados até então no campeonato nacional, o qual está em sua metade final. Além de Foppa, fazem parte do elenco os brasileiros Silon Júnior, maior artilheiro da história do BGF, e Giovani Ribeiro. 

Foppa no BGF

FML: O que te motivou a se transferir para a Itália atuar no futsal italiano?

Foppa: Na verdade tudo começou quando meu ex-treinador do sub-17 na ACBF, Edgar Baldasso, me procurou pedindo se eu teria a possibilidade de fazer a cidadania Italiana e, em consequência disso, jogar na Itália. O interesse foi imediato, mas tudo veio a se concretizar após 2 anos, quando a cidadania ficou pronta e finalmente pude realizar um dos meus sonhos que era jogar fora do país. 

FML: Como foi a sua primeira impressão ao atuar no futsal italiano?

Foppa: A primeira impressão foi muito boa, pois quando cheguei não fazia muita ideia do que poderia encontrar. E foi surpreendido positivamente, ainda mais por ser a primeira vez que sai de casa para jogar Futsal, então havia criado muitas expectativas tanto dentro como fora de quadra.

FML: Como foi a adaptação tanto dentro como fora das quadras? E de que forma ter um brasileiro ao lado, Silon Júnior, que inclusive já atuou com você, ajudou na adaptação? 

Foppa: Sem dúvidas a adaptação foi muito mais fácil dentro de quadra do que fora, pois como foi a primeira vez que sai de casa para realmente viver do futsal. A distância da família, a cultura e principalmente a dificuldade na língua foram fatores um pouco complicados no começo. E em relação ao Silon, é sempre importante ter alguém conhecido quando se inicia numa nova equipe, principalmente na parte da adaptação, e nesta temporada fiquei muito feliz em poder voltar a jogar ao lado dele novamente, pois sem dúvida alguma é umas das maiores amizades que fiz no Futsal.

Foto: Foppa/Divulgação

FML: Como é a estrutura do clube e a organização das competições nacionais na Itália em comparação ao futsal brasileiro? 

Foppa: Dentro da experiência que tive no futsal do Brasil (Serie Ouro) em comparação das que tive por aqui, a organização do campeonato em si são muitos diferentes. Apesar do campeonato ter muitas divisões, todas são bem organizadas e planejadas. Mas na questão da qualidade técnica, acredito que todas as ligas do mundo ainda estão atrás da Liga do Brasil, afinal de contas é a liga mais forte e competitiva que existe.

FML: Qual é a importância do BGF para a sua carreira? Cogita em voltar em breve ao futsal brasileiro?

Foppa: O BGF na minha carreira foi fundamental, pois foi onde tive minha primeira experiência e oportunidade numa equipe adulta, e que me proporcionou muitos aprendizados tanto na parte profissional como pessoal. Logicamente sem esquecer a contribuição de todos os profissionais que me ajudaram a crescer nesses quase cinco anos. E em relação a voltar a jogar no Brasil, o futsal é um esporte muito imprevisível e incerto. No momento penso em criar uma carreira concreta por aqui, mas se tivesse que voltar, voltaria sem problema algum.

Por fim, qual é o seu sonho ou objetivo no futsal? 

Foppa: Com certeza o sonho de qualquer atleta é chegar à seleção, mas para isso tenho que trabalhar muito e dentro disso entram alguns objetivos. No momento o meu é fazer uma boa temporada com o Futsal Ossi e consequentemente crescer cada vez mais dentro do futsal.

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