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Bento Vôlei e maioria dos clubes da Superliga se posicionam contra o calendário da CBV

Insatisfação reforça a ideia da criação de uma liga de clubes para comandar a competição

  1. Publicado em 07/06/2017
Bento Vôlei e maioria dos clubes da Superliga se posicionam contra o calendário da CBV

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) apresentou aos clubes o calendário da Superliga 2017/2018, definindo o início para o dia 14 de agosto e o término para o dia 8 de abril, com um único jogo na final. As propostas da CBV causaram um forte descontentamento por parte dos clubes da competição, reforçando a ideia de uma possível competição organizada por uma liga de clubes, a Associação de Clubes de Vôlei (ACV) para os próximos anos. 

Na última reunião, a Confederação novamente definiu a final com jogo único e com o término ainda em abril e início no meio de agosto. Por conta dos contratos dos atletas, que normalmente vão até o final do mês de maio, os clubes não aceitaram a proposta. "Tem clubes que contratam dez meses e o contrato dos atletas terminam em maio e o campeonato só vai até o início de abril, então tem dois meses que os clubes pagariam o atleta sem ele estar jogando e ainda tem que ceder ele para a Seleção Brasileira", afirma o diretor executivo do Bento Vôlei, Rafael Fantin, o Dentinho. 

Foto: Kévin Sganzerla

Além do calendário, houve uma insatisfação quanto ao regulamento da competição. Os clubes almejam que as quartas de finais e as semifinais sejam definidas em melhor de cinco jogos, e a final em melhor de três jogos, e não em apenas três jogos nos playoffs e um único confronto na decisão do título. 

O Sada Cruzeiro lidera o movimento dos clubes, composto por oito equipes, uma delas o Bento Vôlei. "Já se fala em liga independente mas não é a primeira opção. A primeira opção é fazer uma liga compartilhada com a CBV onde os clubes têm mais autonomia, tanto participando das contas quanto na questão da organização da Superliga", ressalta Dentinho. 

Caso a CBV não concretize os pedidos dos clubes, a Associação dos Clubes de Vôlei, comandada pelo SESI, Sada Cruzeiro e Canoas, com seu diretor executivo Gustavo Endres, poderá organizar a próxima liga, em paralelo com a Confederação. Além do calendário, a ACV busca outras melhorias na competição. "Dentre as melhorias, seria a Superliga ser autônoma em relação à Superliga Feminina, os patrocínios dos clubes separados dos patrocínios da Confederação Brasileira, ter um sistema de um vídeo challenge para a competição e outras melhorias de modo que a competição seja mais rentável para todos e auto-sustentável", comenta o diretor executivo da equipe bento-gonçalvense.

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