Natural de Bento Gonçalves, Andrei Girotto, desde pequeno, sob a influência de seu pai, sempre esteve envolvido ao meio esportivo, passando por diversas etapas ao longo de sua juventude para então chegar ao mais alto escalão do futebol brasileiro. Hoje, com 24 anos, o volante, oriundo da base do Clube Esportivo, defende a Chapecoense na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, dando orgulho à sua família e à cidade de Bento Gonçalves. 

Andrei Girotto iniciou a sua carreira no futsal, passando para o futebol de campo no Clube Esportivo. Aos 10 anos de idade, o atleta foi aprovado nas categorias de base do Grêmio, ficando até os 15 anos no clube porto-alegrense, voltando para o Esportivo na categoria sub-17. "Foram 5 anos de muitas dificuldades, inclusive financeiras, por conta das viagens para Porto Alegre durante toda a semana, sempre conciliando os treinos e jogos com os estudos. O incentivo vinha da família, que esteve sempre presente nos jogos, ajudando nos trabalhos de escola para ele não desanimar e seguir em frente", ressalta o pai de Andrei, Darci Girotto. 

Após um breve período em Bento Gonçalves, Girotto foi para o Metropolitano, ganhando destaque na equipe catarinense. Em 2014, após passagens por Hercílio Cruz e Tombense, Andrei foi contratado pelo América Mineiro, onde entrou em campo em 48 jogos, anotando 5 gols pela equipe mineira.

Depois de um ano em Minas Gerais, o Palmeiras demonstrou interesse no volante e acertou a contratação de Girotto para o elenco Alviverde. No clube paulista, Girotto fez história nas quartas de final da Copa do Brasil. Enfrentando o Internacional, o Palmeiras necessitava da vitória para se classificar para as semifinais da competição nacional. Quando o placar estava empatado em 2 a 2, Andrei Girotto entrou em campo e anotou o gol da classificação do clube paulista, o qual se tornaria naquele ano, campeão da Copa do Brasil. 

Em 2017, Andrei Girotto defendeu o Kyoto Sanga do Japão, sendo titular absoluto da equipe, participando de 39 partidas e anotando 5 gols pelo clube japonês. "Experiência foi muito grande, não só dentro de campo como fora, aprendi muita coisa que vou levar para a vida. Lá o futebol é bem desenvolvido tecnicamente e taticamente e me adaptei com minhas características, conseguindo fazer um bom campeonato", ressalta o volante. 

De volta para o Brasil, o atleta foi repatriado pela Chapecoense para fazer parte da reestruturação do clube em 2017 após o incidente que vitimou grande parte do elenco no ano passado. "Estou voltando num desafio muito grande, mas nada na vida é fácil e vou procurar com o crescimento que tive na minha carreira contribuir para que a Chapecoense consiga seus objetivos nesse ano", destacou Andrei Girotto para a FML Esportes. 

O seu pai, jogador do Esportivo Máster e apaixonado pelo futebol desde pequeno, sendo de grande influência para o seu filho seguir no ramo, destacou sua admiração e a felicidade que o fruto que foi plantado com muito suor pela família, agora está enchendo todos de muito orgulho: "O Andrei sempre foi muito dedicado, desde cedo querendo buscar o seu melhor, se esforçando tanto nos treinos quanto nos jogos. Nosso sentimento é de muito orgulho e admiração, e claro, desejo realizado e a certeza de que as dificuldades enfrentadas não foram em vão", afirma o seu pai, Darci.